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Cláudio Jorge, violonista e compositor carioca da melhor linhagem, vai lançar um disco provocante imediatamente no título: “Samba jazz, de raiz”. Assim que soubemos dele, ficamos nos indagando sobre o que seria. E o que significaria o “de raiz”? Coisa formatada lá nos primórdios ou bossa bolada por um músico criativo?
Ouvindo o disco - 12 faixas que funcionam como síntese das múltiplas qualidades de Cláudio Jorge - ficamos com a última circunstância, a da bossa bolada. O Que é Streaming? de Cláudio Jorge era lançar esta caprichada coleção autoral só em streaming. ”), procurou o parceiro pra expressar que lamentava muito, mas não ouviria o disco.
Não em streaming, ressaltou. O CD é o máximo de tecnologia nova que Pinheiro, compositor e poeta, se permitiria. EZQUENAZI, J. P. Les Séries Télévisées abriu em seu website uma campanha pra que os amigos contribuíssem pela criação do CD, a ser lançado dia 12 de julho, no Centro da Música Carioca, no bairro da Muda, Rio.
O episódio vem constatar não apenas a subsistência de incalculáveis modos de se fazer e de se dar nome a música assim como também as duas formas de se a ouvir. Os mais tradicionais ainda falam de samba, jazz e raiz, de preferência para ouvir em CD ou no ainda mais velho LP.
Os mais modernos irão ao ponto de descobrir que o streaming é até qualificado de traçar rumos da música do futuro. Faz algum tempo, Jon Caramanica escreveu no "New York Times" artigo proclamando “a libertação da música pop das amarras do velho disco”. Graças ao streaming, diz Crie Tua Rádio Online Com Streaming De áudio , gêneros como o reggeaton, o trap latino, o hip hop melódico, o rap-folk, o K-pop estão chegando às paradas de sucesso e ganhando local de destaque no Grammy.
No sentido oposto, o pop ‘Game Of Thrones‘ Enfim Voltou! imperou nos anos oitenta (e nos subsequentes dias do CD), vão perdendo espaço. Ou - ainda segundo Caramanica - acabam de se transformar em meros “subgêneros”. A questão é, no mínimo, complicada - e Cláudio Jorge insuficiente tem a olhar com ela. Caramanica é o crítico de música pop do "New York Times". Tem quarenta e quatro anos. Portanto, não é mais um garotão correndo atrás da última (ou da próxima) novidade. É crítico que, analisando a toda a hora para o futuro, acredita que música seja pura charada de moda, de forma que o que foi supra ontem é sub hoje.
Para ele, os nomes da vez são os astros do hip hop, como o canadense Drake, atração do próximo Rock in Rio, ou os jovens do K-pop, como o BTS, grupo coreano que acaba de nos visitar. Todos frequentes atrações do streaming, a mágica tecnológica que, garante Caramanica, os “libertou”. Talvez esteja correto o crítico do New York Times, tão em dia com a modernidade. Certo essencialmente quanto à perda de espaço dos artistas cuja fama e sucesso aconteceram a partir dos últimos dias do LP e de toda a existência proveitoso do CD. Pop à parcela, o que não sabemos é se os ouvintes de outros gêneros musicais, como Paulo César Pinheiro, ainda vão se dobrar aos eventuais encantos do streaming. Mais difícil saber é como os apreciadores da música clássica (que, creiam, ainda existem) viverão sem o CD.