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A chance de ter um diploma de graduação aumentou quase 4 vezes pra população negra nas últimas décadas no Brasil. Apesar do crescimento, os negros ainda não alcançaram o índice de brancos diplomados. O Censo do Ensino Superior montado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) bem como evidencia o acrescento do número de matrículas de estudantes negros em cursos de graduação. Em 2011, do total de oito milhões de matrículas, 11% foram feitas por alunos pretos ou pardos.
“A política de cotas foi a amplo revolução silenciosa implementada no Brasil e que beneficia toda a comunidade. Em 17 anos, quadruplicou o ingresso de negros pela instituição, país nenhum no mundo fez isso com o povo negro. Este modo sinaliza que há mudanças reais para a comunidade negra”, comemorou frei David Santos, diretor da Educafro - organização que promove a inclusão de negros e pobres nas universidades a partir de bolsas de estudo.
“Antes de mostrar em igualdade racial, precisamos refletir em equidade racial, que exige políticas diferenciadas. Se a política de cotas não for Estratégia Concursos é ótimo? , inclusive até quando diminua o abismo entre brancos e negros, a gente precisará ter outras políticas. Não é possível que este país continue, depois de 130 anos de abolição da escravatura, com essa imensa lacuna entre negros e brancos”, destacou Inocêncio.
Há quinze anos, o conceito de ações afirmativas para inclusão de negros na educação superior motivou volumoso debate no meio universitário. Cursos De Idiomas Acessíveis de 2003, decisão tomada na Universidade de Brasília (UnB) de amparar o sistema de cotas raciais em seu modo de seleção abriu caminho pra uma mudança no paradigma de acesso à faculdade, antes fortemente fundado na meritocracia. O Plano de Metas pra Integração Social, Étnica e Racial aprovado pelo Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB previa que 20% das vagas do vestibular seriam reservadas para estudantes negros, de cor preta ou parda.
A política foi adotada por meio do vestibular de 2004, em todos os cursos oferecidos na instituição. Um dos principais desafios, segundo a professora, foi convencer os automóveis de imprensa, a população e a própria academia de que era necessária uma política pública específica para negros e não para a população carente de modo geral.
Mesmo diante dos números de Ex-cotistas, Médica Do RJ E Advogado Do STF Relatam Racismo E Complexidade na educação e no mercado de trabalho, questionamentos e perguntas emergiram, principalmente com relação à forma de identificação dos negros e ao reconhecimento da dificuldade do racismo. “O Brasil tinha uma ideia de políticas públicas como universalistas, não tinha ideia de políticas regionais, por gênero e raça.
O recorte de renda era o único indicador reconhecido como regular para ações pontuais. Uma política de ação Certificado Digital De Conclusão Dos Cursos E Workshops para a população negra brasileira foi pôr o dedo pela ferida, causou um extenso rebuliço”, lembrou Dione, uma das poucas professoras negras da universidade. Novas resistências foram quebradas, como a ideia de que o negro de alta renda não deveria ser beneficiado, de que os cotistas abandonariam a graduação ou que teriam funcionamento inferior aos de alunos não cotistas.