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Criado na avó e na mãe, Carlos César Alves Correa passou a infância recolhendo lixo das ruas de Porto Feliz. De manhã, coletava papel e latas com outras 7 criancinhas da família. De tarde, frequentava a faculdade. De noite, ficava pela pequena casa de chão batido e paredes de madeira velha. “Quando batia vento robusto, o telhado voava”, relembra Correa a respeito da moradia da infância. O pátio da casa abrigava ainda a égua da família, animal usado pra puxar a carroça com o instrumento recolhido nas ruas. “As pessoas se sensibilizavam em visualizar as gurias catando o lixo e doavam comida.
Eu tinha desejo de aprender, mas não tinha interferência da minha família porque ninguém sequer tinha o ensino fundamental completo. Não culpo eles, nenhum deles recebeu o exemplo antes”, conta o moço de 24 anos. Porém, a família recebia mais do que comida. Quando tinha dez anos, o menino obteve um livro que despertou seu desejo de ser professor.
“A história era parecida com a minha, de um jovem que queria aprender, contudo não tinha recursos. Eu me enxerguei ali”, contou a Olhe. Foi a partir da leitura, frequentando bibliotecas públicas da capital gaúcha e “espiando” livros nos sebos, que Correa deixou a rotina de catador de lixo pra ser aprovado no curso de Letras na Faculdade Federal do Rio Amplo do Sul (UFRGS).
Atualmente, o universitário conta sua história para jovens em vulnerabilidade social por intervenção de projetos da Rede Marista, em Porto Alegre. Um desses projetos é a “Rede do Livro”, iniciada em agosto, que incentiva a doação de livros para modificar o nanico índice de leitura no estado: 1,7 livro per capta por ano, de acordo com o Ministério da Cultura. A campanha bem como promove a doação de sangue.
Antes de revelar a respeito da importancia da leitura e da literatura na sua existência para outros adolescentes, o piá chegou a abandonar a universidade para acudir a família com um serviço mais rentável. “Cortaram água, luminosidade e o aluguel era grande pro que se recebia. Precisei auxiliar. Informações Para Produzir De forma Ilimitada ”, conta.
Entretanto Correa conseguiu emprego e retomou os estudos. Pagou com o próprio dinheiro um cursinho para se aprontar pro vestibular e foi aprovado pela UFRGS. Correa foi aprovado pelo sistema de cotas (racial, por renda e por ter estudado em universidade pública). Pra atingir estudar no turno da manhã e tarde, Correa trabalha na atualidade em uma corporação de call center.
“Meu serviço tem muita pressão, entretanto é o único mercado que tem contratado durante a incerteza e tem flexibilidade de horário para que eu consiga deslocar-se à 10 Sugestões Incríveis De Design Aplicadas Ao Marketing Digital ”, explica o universitário. Desde que a leitura se tornou um vício, Correa elegeu Machado de Assis como seu autor favorito, entretanto também é admirador dos poetas Mário Quintana e Cecília Meireles. Aluno do quarto semestre, Correa idealiza ser professor de escolas públicas por isso que se formar pra despertar nas meninas o interesse na literatura e pela leitura.