Depois do DOUTORADO, A GRADUAÇÃO

Empossado há em torno de uma semana, o novo diretor do campus de Apucarana da Instituição Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Marcelo Ferreira da Silva, tem um currículo que poucos acadêmicos conseguiram conquistar. Formado pela Escola Estadual de Londrina (UEL), ele é doutor em Física, com pós-doutorado na mesma área na Faculdade de São Paulo (USP).

Contudo, o que os títulos e diplomas não contam é a história de superação do professor, que chegou a ser flanelinha e, hoje, é respeitado por todos no campus, sem perder a humildade que lhe é característica. Marcelo nasceu em Londrina em 1973. Com mãe cozinheira e pai pedreiro, ele desde cedo precisou batalhar para dominar um território.

“Eu e meus irmãos a todo o momento fizemos de tudo para atingir uns trocados. No momento em que não estávamos pela instituição, lavávamos veículos, cuidávamos de carros estacionados, esse tipo de coisa. Usávamos o estilingue para matarmos rolinhas para consumir. Foi uma infância difícil”, conta. Em casa também não era fácil. O pai, hoje falecido, ficava agressivo quando bebia.

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“Teve noites em que precisávamos dormir no mato portanto. Era bem complicado. Minha mãe era quem sofria mais. Tempos depois, ele largou a bebida, se tornou cristão e pediu desculpas a nós. Ele chorava pelas coisas que tinha feito”, conta. Apesar de todas as dificuldades, os pais a toda a hora incentivaram os estudos.

Mas foi um capítulo se dado durante o tempo que era flanelinha que o incentivou a persistir. “Eu cuidava dos veículos em frente à Câmara dos Vereadores de Londrina. Recinto de gente chique, vários carrões paravam por ali. A maioria nem olhava na nossa cara, era como se fossemos invisíveis. Visualize 79 Blocos De Carnaval Imperdíveis Pra Despencar Pela Folia Em SP , eu tinha 15 anos, um homem saiu de um veículo e eu pedi um trocado. Ele se virou para mim e disse ‘essa existência não vai te transportar a nada. Era o em vista disso vereador estreante Alex Canziani, hoje deputado federal pelo PTB. “Aquilo me marcou. Durante o tempo que muita gente nos ignorava, ele deu essa expressão de incentivo, uma questão que nunca ninguém havia feito por nós.

Eu era um pirralho pobre, Concurso Prefeitura De Campinas , que cuidava dos carros. Ninguém estava nem aí. Quer Ser Promovido? fácil expressões podem modificar uma vida”, destacou Marcelo. Nova Reforma Da Previdência Afetaria Só 35% Dos Trabalhadores , o guri se dedicou. Ele passava o tempo livre trancado no quarto, estudando. Com muito vigor, foi aprovado no vestibular de Física pela UEL, entretanto os defeitos não acabaram.

“Eu não tinha dinheiro. Desta maneira, trabalhava pela cantina da UEL pra custear os estudos. Servia meus próprios colegas de sala nos intervalos das aulas. Alguns deles faziam brincadeiras por conta disso, o que doía bastante”. Após formado, ele fez mestrado, doutorado e pós-doutorado na USP, a principal universidade de ensino de Física da América Latina. Em 2005, ele foi aprovado pra dar aulas pela Instituição Federal de Rondônia.

Mas, insuficiente tempo depois, a filha de Marcelo nasceu com um crítico problema no coração. Poucos conhecem a história do hoje diretor da UTFPR apucaranense. Mesmo portanto, o respeito cultivado por ele na universidade é memorável, aproximadamente um consenso. Em tal grau é que mesmo a oposição resolveu apoiar a candidatura dele pra direção do campus. A eleição teve chapa única concorrendo.