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No domingo (oito de julho) fui até Santana participar da festa em comemoração aos noventa anos da poeta, querida amiga e parceira Claire Feliz Regina (musiquei seu poema ‘Separação’ - ouça neste local). Uma legião de amigos e admiradores compareceu para abraçar a poeta, cantar meus parabéns e participar de um delicioso ‘sarauzinho’ cantando músicas, contando causos, histórias e declamando poemas (posto neste local várias fotos que roubei das páginas de alguns deles). Claire Feliz Regina nasceu em 1928 em Campo Amplo-MS.
Com dezessete anos mudou-se para Bauru-SP, cidade onde casou e teve filhos. Saiba Quais Serão As Profissões Do Futuro reside em São Paulo. Com a chegada da aposentadoria (quase aos 80 anos) passou a escrever versos. Tuas poesias lhe renderam o título de protagonista do ano (2008) do boletim ‘Mais São Paulo’, do jornalista Gilberto Dimenstein, da CBN. A poeta, figura das mais queridas e presentes nos saraus da cidade lançou na Patuá o livro de poemas ‘Meu Jeito de Falar‘ (de 260 páginas), com 2 volumes agregados, entretanto independentes: ‘Poemas Eróticos‘ e ‘Caquinhos de Poemas’. Tem poemas e perfil nas antologias ‘As Mulheres Poetas pela Literatura Brasileira‘ (arrumado por Rubens Jardim) e ‘Senhoras Obscenas‘ (por Grazi Brum, Adriana Caló e Sandra Regina).
Ele era bom cozinheiro. Pudim E Creme De Morango demorado. Foi em uma prontamente longe e imprecisa edição do envolvente sarau Sopa de Letrinhas, do poeta Vlado Lima, que conheci, simpatizei e rapidamente me tornei amigo de um cara superlegal chamado Léo Nogueira. Não bastasse isto tudo, ele ainda mantém um site onde comenta música, literatura e política: ‘O X do Poema‘, que comemorou (no último nove de julho) 8 anos de regular publicação.
Afim de festejar cada niver, o Léo a todo o momento posta a lista dos 20 textos mais acessados do ano. Namoro Evangélico Deve Ser Uma Preparação Para o Casamento lá e confira, pois que além de poesia, tem muita dado nos seus escritos. Nos trilhos da Estação Felicidade: a respeito do belíssimo cd Estação Alegria, de Augusto Teixeira. Trinta e dois Receitas De Miojo Que Vão Fazer Você Se Constatar Um Master Chef modernidade etérea de Fernando Cavallieri: a respeito do disco Modernidade Líquida, do cantor e compositor Fernando Cavallieri.
Erasmo Carlos. Léo escolhe canções que não são, exatamente, politicamente corretas. Logradouro: Léo trata da bonita canção de Rafael Alterio feita em parceria com Kleber Albuquerque e gravada por Zeca Baleiro. Bye Bye, Brasil: sobre sua saída do Povo, rumo a Tóquio, onde já mora. O velho Chico e nossas(?) cantigas: nessa crônica, Léo trata da buarqueana polêmica referente à canção Sua Cantiga, do mais recente álbum de Chico.

Por sua vasta cultura, por tua presença democrática, por suas aventuras poéticas, por seu coração aberto, parabenizo o Léo Nogueira e grato pelos vários textos incríveis que ele nos ofereceu nesses oito anos de blog. Léo Nogueira escreve escava crava. Labuta. Letra poema pedra fruta locomotiva. Queima teima inventa. É chama viva.
Qualquer tema evento formato o diabo à quatro ele lapida. Craque da expressão lavra livro blog song jeito política. Léo não cabe no insuficiente. Não basta em si. É desequilibrado pelo outro. Pelo reverso do verso. Enxerga no escuro. É vasto vasto e complexo. Entretanto tudo ele esclarece, descomplica recicla. Mergulha pela infraestrutura. E a tritura.