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Pela virada do ano escrevi, a convite do jornalista Edison Veiga, sobre isto minha utopia de cidade. Minha utopia, quem me conhece entende, é residir numa cidade-floresta. O texto está aí na sequência de posts para as pessoas que se interessar em ler meus delírios mais sinceros e bem intencionados. Nessa semana que se passou, fui positivamente atônito ao saber dos planos de construção de um empreendimento chamado “O Parque” nesse lugar em São Paulo. Em um terreno de 40.000m², serão formadas 4 torres — 3 residenciais e uma comercial — e um parque público de 25.000m², mantido por uma gestão privada que cuidará dele para a cidade.
Quantas vezes não conversamos, entre nós arquitetos, sobre o assunto as mesquinharias urbanísticas repetidas pelo hábito em incorporações predatórias, que se encerram ao venderem metros quadrados em algum pavimento do edifício elaborado? Quantas vezes, desde a universidade, não falamos sobre o modelo falido empregado na geração das cidades em que vivemos?
“Qualquer aluno de segundo ano faz um projeto mais do que o que vemos implementado nas cidades que conhecemos” é um tipo de comentário bem recorrente. Não irei por aqui escrever um texto de arquiteto pra arquitetos. Não se preocupe, isto não é papo de metier. É sobre o assunto montar a cidade pensando em formar um meio ambiente habitável, mais amistoso, Como Ficar Mais Bonita Apenas Com A Alimentação têm a ganhar.
Como Dominar Um Pirralho! , certa vez, fez um comentário que nunca irei esquecer. No meio de um debate institucional, postulou “Você não descobre que do jeito que está há problemas? Assim vale a pena ao menos testar um modo diferenciado de fazer as coisas”. Mesmo que não se dirigisse a mim, fui tocado por tua sagacidade. É claro que precisamos optar por caminhos melhores, toda gente ganha com isto.
Os empreendimentos tradicionais oferecem áreas verdes residuais e sem propriedade, feitas pra executar a cota mínima necessária para aprovação do empreendimento. Sabe no momento em que vemos um conjunto de prédios semelhantes e no meio deles há um bico que sobrou dos terrenos, com um barranco, um gramado e meia dúzia de ipês? 3. Dark Red disso que estou informando. Máscaras Caseiras Para Clarear A Pele , bem há pouco tempo, morei perto de um desses resíduos da incorporação e gostava bastante de tê-lo por perto. Qualquer contato com a meio ambiente, com árvores, é restaurador pra cada ser humano. Prontamente vira abrigo de pássaros e outros animais, ali várias sementinhas caem e brotam.
Não era um pocket park pelo motivo de não era um parque, não era nada. Era um barranco com árvores do qual extraíamos o máximo de desfrute do insuficiente que estava ali disponível. Isto de imediato era bem mais do que nada. Contrário desse paradigma defasado entregue pelos empreendimentos em geral, o “O Parque” da Gamaro Incorporadora inverterá a pegada.
Seus edifícios serão inseridos em um parque público, no Brooklin, com tamanho equivalente a 20% da área do Parque da Aclimação. Coordenado pelo botânico e tolo-do-bem Ricardo Cardim, o projeto paisagístico fará a reinserção de mais de 20 espécies nativas e raras, compondo jardins de árvores frutíferas e pomares indígenas no decorrer de todo o parque. A sensibilidade do projeto chamou minha atenção ao saber que, ao longo da demolição da antiga fábrica existente no terreno, os profissionais envolvidos notaram brotos supostamente espontâneos e levaram pra um laboratório especializado para saber do que se tratava. Eram brotações de sementes antigas, adormecidas sob a construção demolida.