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Eles estão por toda parcela. Nos formulários que preenchemos pra vagas de emprego. Confira 5 Coisas Pra Fazer Após Uma Entrevista De Emprego análises de risco a que somos submetidos em contratos com bancos e seguradoras. Nos serviços que solicitamos pelos nossos smartphones. Nas propagandas e nas notícias personalizadas que abarrotam nossas redes sociais. E estão aprofundando o fosso da desigualdade social e colocando em risco as democracias.
Absolutamente, não é com entusiasmo que a americana Cathy O'Neil enxerga a revolução dos algoritmos, sistemas capazes de organizar uma quantidade ainda mais incrível de sugestões disponíveis na internet, o chamado Big Data. A obra é recheada de exemplos de modelos matemáticos atuais que ranqueiam o potencial de seres humanos como estudantes, trabalhadores, criminosos, eleitores e consumidores.
Segundo a autora, por trás da aparente imparcialidade desses sistemas, escondem-se critérios nebulosos que agravam injustiças. É o caso dos seguros de veículos nos Estados unidos. Motoristas que nunca tomaram uma multa sequer, todavia que tinham restrições de crédito por morarem em bairros pobres, pagavam valores consideravelmente mais altos do que aqueles com facilidade de crédito, entretanto agora condenados por dirigirem embriagados. BBC Brasil - Há séculos pesquisadores analisam fatos pra perceber padrões de modo e prever acontecimentos. Qual é novidade trazida pelo Big Data?
Cathy O'Neil - O diferencial do Big Data é a quantidade de dados disponíveis. Há uma montanha gigantesca de fatos que se equivalham e que conseguem ser garimpados pra fornecer a chamada "dica incidental". É incidental no significado de que uma definida fato não é fornecida diretamente - é uma informação indireta. É assim sendo que as pessoas que analisam os dados do Twitter conseguem localizar em qual político eu votaria. Ou localizar se eu sou gay somente na análise dos artigos que curto no Facebook, mesmo que eu não fale que sou gay.
A dúvida é que este método é cumulativo. Agora que é possível achar a indicação sexual de alguém a partir de teu modo nas redes sociais, isto não vai ser "desaprendido". Em vista disso, uma das coisas que mais me preocupam é que estas tecnologias só vão permanecer melhores com o passar do tempo. Mesmo que os detalhes venham a ser limitadas - o que eu acredito que não vai ocorrer - este acúmulo de conhecimento não vai se perder. O principal alerta do seu livro é de que os algoritmos não são ferramentas neutras e diretas. Pelo inverso: eles são enviesados pelas visões de universo de seus programadores e, de modo geral, reforçam preconceitos e prejudicam os mais pobres.
O sonho de que a web pudesse tornar o mundo um recinto melhor acabou? É verdade que a web fez do mundo um recinto melhor em alguns contextos. No entanto, se colocarmos numa balança os prós e os contras, o saldo é afirmativo? É penoso expressar. Depende de quem é a pessoa que vai responder.
É evidente que há incontáveis dificuldades. Só que muitos exemplos citados no meu livro, é essencial ressaltar, não têm nada a olhar com a web. As prisões feitas na polícia ou as críticas de personalidade aplicadas em professores não têm a ver de perto estritamente com a internet. Não há como impossibilitar que isto seja feito, mesmo que as pessoas impossibilitem usar a web. Contudo isso foi alimentado pela tecnologia de Big Data. Por exemplo: os testes de personalidade em entrevistas de emprego.
Antes, as pessoas se candidatavam a uma vaga indo até uma determinada loja que necessitava de um funcionário. Trinta 1 mil Pessoas Irão Ao Engenhão Em Procura De Emprego O Dia entanto hoje toda humanidade se candidata na internet. É isto que gera os testes de personalidade. Existe uma quantidade tão amplo de pessoas se candidatando a vagas que é preciso haver algum filtro.
Qual é o futuro do serviço sob os algoritmos? Como Posso Arranjar Um Emprego Veloz? de personalidade e programas que filtram currículos são alguns exemplos de que forma os algoritmos estão afetando o mundo do trabalho. Isto sem mencionar os algoritmos Como Se Inscrever Para Empregos? as pessoas durante o tempo que elas trabalham, como é o caso de professores e caminhoneiros.
Há um avanço da vigilância. Se as coisas continuarem indo do jeito como estão, isto vai nos transformar em robôs. No entanto eu não desejo reflexionar nisso como um caso inevitável - que os algoritmos irão transformar as pessoas em robôs ou que os robôs irão substituir o serviço dos seres humanos. Eu não desejo admitir isto.