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A erliquiose canina é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Ehrlichia, frequentemente transmitida por carrapatos, especialmente os do gênero Rhipicephalus sanguineus. Essa condição representa um desafio significativo para a saúde canina, uma vez que pode levar a complicações graves, afetando não só o sistema imunológico, mas também órgãos vitais, como o fígado e o baço. Os sintomas da erliquiose incluem febre, perda de apetite, letargia, sangramentos e problemas neurológicos, que, se não tratados a tempo, podem culminar em óbito. É essencial que os tutores de cães estejam cientes não apenas dos sinais clínicos da doença, mas também das opções de tratamento disponíveis. O diagnóstico precoce aliado a uma intervenção adequada é crucial para a recuperação do animal e para evitar as consequências severas dessa infecção. Portanto, conhecer as terapias emergentes e práticas recomendadas pode fazer a diferença na vida dos seus pets.
É bom lembrar que existe uma diferença entre as medicações que fazem a prevenção. Algumas funcionam como repelentes, não deixam o carrapato picar e outras matam após a primeira picada. “A diferença entre elas é que uma medicação oral para controle vai matar o carrapato quando ele picar o animal, e, dependendo da carga parasitária, a doença pode ser transmitida já nesse primeiro contato. As medicações que são repelentes (líquidos aplicados na pele e coleiras), não deixam o carrapato picar” diz Dra Isabella. As principais sequelas da erliquiose são o desenvolvimento de problemas oculares e alterações neurológicas, que podem alterar o comportamento do cachorro ou afetar os seus movimentos. Além disso, nos casos mais graves, especialmente quando existem sangramentos ou anemia, o veterinário pode recomendar o internamento hospitalar, para realizar transfusões de sangue. A doença é prevalente no Brasil e considerada endêmica principalmente em áreas urbanas.
O diagnóstico da erliquiose canina geralmente envolve a avaliação clínica do animal e a realização de exames laboratoriais. Veterinários costumam realizar hemogramas completos, sorologia para detectar anticorpos contra a bactéria e outros testes específicos para identificar a presença da Ehrlichia. O diagnóstico diferencial é importante, pois os sintomas da doença podem se sobrepor a outras condições, como babesiose e outras infecções transmitidas por carrapatos.
O tratamento para a erliquiose canina geralmente é realizado com a administração de antibióticos. O Doxiciclina é o mais utilizado e recomendado para o tratamento dessa infecção, comumente sendo administrado durante um período de 4 a 6 semanas. Além do tratamento antibiótico, o suporte clínico é igualmente importante. Isso pode incluir fluidoterapia para os cães desidratados, transfusões sanguíneas em casos de anemia severa e medicamentos para controle de sintomas, como anti-inflamatórios para dor e febre.
Após a conclusão do tratamento, é essencial que o veterinário reavalie o animal para garantir que a infecção foi completamente erradicada e que não existem sequelas. Exames de sangue de acompanhamento podem ser recomendados para monitorar a recuperação. Além disso, medidas preventivas devem ser reforçadas, como o controle de carrapatos, a aplicação de antiparasitários e a realização de check-ups regulares, a fim de evitar futuras infecções.
A erliquiose canina é uma condição grave que demanda atenção e cuidados adequados. O tratamento precoce e eficaz é crucial para a recuperação do cão e para a prevenção de complicações. Portanto, a conscientização sobre os riscos associados aos carrapatos e a vigilância contínua são fundamentais para proteger a saúde dos cães.